Condenação de Corrêa foi justificada por ataques a ex-ministro e ‘apologia à violência policial’

O policial militar e influenciador digital Corrêa, que havia alegado em entrevistas que foi preso por afirmar “se alguém mexer com minha família, que se ‘foda’ a lei”, foi detido por motivos mais graves, incluindo insinuações de que o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, teria relações com o crime organizado e por promover apologia à violência e à letalidade policial.
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A detenção de Corrêa foi baseada em uma condenação assinada pelo comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, contrariando a decisão da Comissão Processante, que havia optado pela não prisão do militar. Segundo a condenação, as evidências foram suficientes para a detenção, já que os ataques foram realizados durante uma participação ao vivo no podcast “Fala Glauber”, em 2023.
Durante o podcast, Corrêa insinuou que Flávio Dino, atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), teria entrado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, por ter ligações com traficantes da área. Ele fez comentários ofensivos que, segundo o documento, visavam desacreditar Dino e diminuir sua autoridade. Entre as falas, Corrêa afirmou: “Isso é um país de respeito, com um cara como esse aí? (…) Ele só tem poder, mas para mim, ele é pior do que quem eu combato, isso é um lixo social.”
Além das ofensas a Dino, a condenação de Corrêa também foi motivada por apologia à violência policial e por desrespeitar a hierarquia e disciplina da corporação. O documento também apontou que Corrêa violou as regras de uso de redes sociais por militares ao usar vestimentas similares às de um policial durante a entrevista, o que, segundo a Polícia Militar, trouxe “efeitos danosos” à imagem da instituição.
O comando da PM enfatizou que as ações de Corrêa foram desrespeitosas e prejudiciais à corporação, indo contra o papel constitucional da Polícia Militar da Bahia e causando danos irreparáveis à sua imagem e valores institucionais.
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