Idoso é assassinado a golpes de facão; filha suspeita de latrocínio

No último sábado (27/7), a secretária escolar Luiza Reis Santana da Silva, de 44 anos, viveu momentos de angústia e desespero quando seu pai, o aposentado Alfredo Lima Santana, de 77 anos, não compareceu ao encontro que haviam marcado. A situação se tornou ainda mais perturbadora quando Alfredo não atendia às ligações nem respondia às mensagens de texto.
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Determinada a descobrir o paradeiro do pai, Luiza pulou o muro da casa dele, localizada no bairro Parque Verde II, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). O que ela encontrou foi um cenário de horror: o corpo de Alfredo jazia no chão do quarto, cercado por uma poça de sangue.
“Ele estava caído, vestindo um par de tênis, como se estivesse prestes a sair quando foi brutalmente atacado no pescoço, costela, costas e braços. O celular dele e o facão usado no crime haviam desaparecido”, relatou Luiza emocionada, enquanto estava no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) na manhã deste domingo (28).
A filha suspeita que o criminoso seja um jovem que seu pai havia acolhido em casa. “Meu pai era extremamente prestativo, sempre disposto a ajudar os outros. Ele não sabia dizer não. Esse rapaz fazia pequenos trabalhos para ele, serviços gerais. Na sexta-feira, meu pai me contou que o rapaz havia dormido em sua casa após voltarem da igreja. É possível que ele tenha cometido o assassinato para roubar o celular”, ponderou Luiza, apontando para a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
O irmão de Luiza também compartilhou suas suspeitas. Segundo ele, certa vez, ao chegar à casa do pai, deparou-se com um rapaz magro, aparentando ter cerca de 30 anos. “Não sei se é a mesma pessoa que cometeu essa monstruosidade. Quando olhei para ele, tive a sensação de que não era alguém de boa índole. Ele tinha um aspecto de alguém envolvido com drogas, capaz de qualquer coisa. Meu pai costumava acolher pessoas em sua casa, pois era um homem de bem. Ele foi feirante por mais de 30 anos”, declarou o irmão.
A Polícia Civil já está investigando o caso. A 18ª Delegacia Territorial de Camaçari foi acionada e expediu as guias para remoção e perícia. O procedimento foi encaminhado à 4ª Delegacia de Homicídio de Camaçari. Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) serão cruciais para esclarecer a causa da morte. Oitivas e diligências estão em andamento para desvendar os detalhes desse trágico acontecimento.