Prefeita Tânia Yoshida revela déficit superior a R$ 30 milhões devido à ausência de pagamento de tributos em Conceição do Jacuípe
Durante a live a prefeita discutiu o problema com o professor especialista em direito municipal Isaac Newton

A prefeita de Conceição do Jacuípe, Tânia Yoshida (PSD), promoveu um encontro virtual de extrema relevância ao receber o professor Isaac Newton Carneiro, especialista em direito municipal e autor do livro “Manual do Direito Municipal Brasileiro”, em sua live semanal. Durante o bate-papo, ambos abordaram a crise financeira que os municípios estão enfrentando, marcada, sobretudo, pela queda na arrecadação e pelo aumento das despesas.
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A prefeita demonstrou séria preocupação, como vem deixando claro há algum tempo, com a queda de receita e expressou seu compromisso em buscar soluções para os desafios financeiros do município. “Estou no meu quarto mandato e nunca vi algo semelhante a isso com uma situação tão desesperadora”, disse ela. “Conceição foi a quarta cidade que perdeu ICMS e toda essa situação e também está insustentável e mesmo assim estou tentando de todas as formas segurar”, completou.
Além disso, a prefeita Tânia Yoshida enfatizou a importância da gestão dos tributos, revelando um déficit de 30 milhões de reais. “Fui verificar a situação do setor de tributos e me deparei com uma situação preocupante. Tive que tomar medidas não muito agradável para reorganizar o setor. Fiz um concurso para auditor e cinco fiscais de tributos estão trabalhando e organizando e os maiores devedores chegam a mais de R$ 30 milhões e esse dinheiro faz muita falta”, confessou. A ideia da prefeita é trabalhar na regularização de pendências para recuperar receitas oriundas de tributos não pagos.
Dando sua contribuição, o professor Isaac Newton Carneiro apresentou três caminhos possíveis para resolver o problema: a recomposição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a desoneração de impostos e o pagamento de indenizações devidas aos municípios.
Por fim, a chefe do executivo municipal destacou a urgência de abordar essa questão para assegurar que esses recursos cheguem aos cofres públicos e possam ser revertidos em benefícios para a população local. “Porque a situação está insustentável”, lamentou.
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