“Precisamos ocupar esses espaços”: Beatriz Tuxá discute representatividade dos povos indígenas durante participação na FLICAR

Seguindo a proposta de celebrar a diversidade na literatura e valorizar as narrativas de diferentes povos, a Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues (FLICAR) trouxe à sua 2ª edição um destaque especial: a poeta, cantora e compositora Beatriz Tuxá, da etnia Tuxá Kiniopará. Ela se apresentou neste sábado (16/9).
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Beatriz, que traz em suas produções as vivências e a história de seu povo, destacou a importância de ocupar espaços de visibilidade, especialmente em um momento em que a narrativa indígena precisa ser ouvida e compreendida.
“Nós, povos indígenas, precisamos ocupar esses espaços. É um espaço de visibilidade, onde eu posso mostrar um pouco do meu trabalho, que é um trabalho coletivo, porque traz a história de um povo, tanto do povo Tuxá, ao qual eu pertenço, como de todos os povos originários em si. O que eu escrevo, tanto poesia quanto música, é trazendo a história dos povos originários”, pontuou.
A falta de representatividade é uma questão que afeta a construção de conhecimento de diferentes culturas, a exemplos dos povos indígenas. É justamente nesse sentido de iluminar o caminho para um entendimento mais profundo e respeitoso da cultura que a FLICAR tem proposto que as narrativas sejam contadas por quem as vivencia.
“O recado que eu quero deixar é que nós possamos sempre falar por nós, que tragam de verdade pessoas indígenas para esses espaços, para que as outras pessoas que são não-indígenas conheçam um pouco da história desses povos, que não sejam as histórias que estão ali nos livros, com a imagem do indígena esteriotipado”, analisou Beatriz.
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