Abertura da FLICAR celebra a diversidade negra e indígena na literatura

A Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues teve início nesta sexta (15) e segue até o domingo (17)

Genebaldo Correia16/09/2023 às 11:38

Abertura da FLICAR celebra a diversidade negra e indígena na literatura

A cidade de Amélia Rodrigues respira cultura, literatura e poesia. Celebrando a diversidade negra e indígena na literatura, a abertura oficial da 2ª edição da Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues (FLICAR), que neste ano tem como tema “O povo baiano: narrativas de resistência e reexistência”, ocorreu na noite desta sexta-feira (15/9). O evento segue até o domingo (17), com programação ampla e gratuita.

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Estiveram presentes na abertura da feira literária escritores, estudantes, gestores de cultura, visitantes e autoridades políticas.

A escritora Cássia Valle agradeceu à organização do evento e expressou sua alegria ao ser escolhida como homenageada na FLICAR. “Meu coração está em festa desde que eu soube que seria homenageada, porque acredito que as grandes homenagens devem ser em vida, para que a gente possa entender que a nossa caminhada não é sozinha nunca. Eu, que sou uma mulher de coletivo, acredito nessa coletividade, e acredito que juntos podemos honrar os passos que vem de longe”.

Cássia também falou sobre o poder da literatura como um portal para a imaginação, reflexão e transformação. “Parabéns à Amélia que abre hoje a pulsação para a literatura, porque literar é um verbo. Que a gente possa a partir de hoje, até o domingo, só literar e deixar que esse portal que a literatura nos dá nos leve ao mundo da imaginação, da reflexão e, principalmente, da transformação”, completou a escritora.

Na cerimônia de abertura da FLICAR também marcaram presença personalidades da cultura e literatura baiana, como a cantora e compositora Rebeca Tárique e o jornalista e escritor Ricardo Ishmael.

Para a Secretária de Educação, Cultura e Esporte de Amélia Rodrigues, Gilmara Belmon, a FLICAR é uma plataforma para a celebração da diversidade cultural e literária, para a reflexão sobre o passado e o presente, e um convite para a construção de uma Amélia Rodrigues que abraça a literatura como um veículo poderoso de transformação.

“É com muita alegria que hoje iniciamos a nossa segunda FLICAR, com toda a nossa capacidade de sonhar e esperançar, mesmo em meio a todas as dificuldades. Acreditamos que é possível construirmos juntos uma Amélia Rodrigues que valorize a cultura, que seja o palco da literatura, e tenha visibilidade em todo o estado e país por causa desse sonho coletivo de fazer com que a nossa cidade se torne uma cidade pessoas leitoras e que valorize a cultura. Durante a FLICAR nós iremos refletir e resistir a esse pensamento colonial que quer colocar a nós, negros, negras e indígenas, naquele que eles achavam que era o nosso lugar. A nossa FLICAR vai valorizar a diversidade”, ressaltou.

Neste ano, a FLICAR tem como objetivo homenagear o povo baiano, em meio às comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.

Em seu discurso, o prefeito João Bahia (PSD) expressou sua alegria e orgulho em participar do evento e elogiou a dedicação da secretária de Educação, Gilmara, no processo de reconstrução da educação na cidade. Ele também fez uma homenagem à sua saudosa mãe, a professora Ana Maria Menezes, destacando a importância da educação em sua família.

Bahia mencionou o sucesso da primeira edição da FLICAR em 2021, que cativou tanto os moradores locais quanto os visitantes das cidades vizinhas.

“A nossa gestão idealizou e realizou a primeira edição da FLICAR em 2021, que conquistou a todos os municípes e visitantes das cidades vizinhas. Para nós, é uma satisfação transformar o município de Amélia Rodrigues em um polo de fomento a leitura, a arte e a cultura, com a participação dos próprios municípes, por meio das escolas de todas as redes, todos os agentes culturais, artistas, escritores, contadores de histórias, coletivos e saraus, artesãos, empreendedores e intelectuais”, disse.

Além disso, João Bahia destacou a parceria valiosa com o Governo do Estado, a Fundação Pedro Calmon, a Casa de Cachoeira Literária, o Centro de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana e a Universidade Federal do Reconcâvo da Bahia, evidenciando o apoio significativo das instituições à FLICAR.