Comunidade teme desabamento de escola em Oliveira dos Campinhos; “vidas não tem preço”

Após as preocupações levantadas por funcionários e pais de alunos de uma escola em Oliveira dos Campinhos, distrito do município de Santo Amaro, a Prefeitura Municipal realizou uma reunião na manhã desta segunda-feira (28/8) para abordar as denúncias sobre o risco de desabamento de parte do prédio da instituição educacional. A unidade, que passou por uma reforma completa há cerca de um ano, está apresentando problemas estruturais, incluindo rachaduras no piso do primeiro andar e nas paredes.

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O CEMOC (Complexo Educacional Municipal de Oliveira dos Campinhos), que foi reformado recentemente, está enfrentando problemas que não foram detectados pela equipe técnica responsável pela reforma. Essa situação tem gerado apreensão entre os alunos, pais e funcionários.

A professora Juliana Boaventura expressou a inquietação que vem afetando a todos há cerca de 60 dias. ” Nada foi falado para gente, e aquilo que a gente não diz a cabeça trata de pensar mil coisas. Acredito que que já é o inicio, mas ainda assim é preocupante porque na verdade essas fissuras e rachaduras elas vem aumentando ao longo dos anos”, disse.

A reunião contou com a presença dos vereadores da oposição à gestão municipal, porém, eles enfrentaram obstáculos para entrar na unidade escolar. Os vereadores Nelson da Ouro do Mar (PSDB), Kleber Feião (PDT), Juliana da Pesca (PSB) e Agnaldo do Coisa de Pele (DEM) alegaram terem sido tratados com hostilidade e não tiveram o acesso facilitado, diferentemente do vereadores ligado à situação. Juliana, uma das vereadoras presentes, enfatizou que essa falta de respeito prejudica o cumprimento do papel de fiscalização dos vereadores.

“Todas as vezes que nós vamos aos órgãos públicos para fiscalizar, nos somos surpreendidos e maltratados como se pode perceber aqui, o vereador fez apenas uma pergunta e a resposta foi agressiva. Hoje mesmo eu nem me manifestei porque muitas vezes a gente fica temeroso de falar porque querem repreender e pode ter gente armada. É dessa forma que o executivo tem nos tratado, o vereador de situação entrou sem nenhum impedimento mas quando fomos nós, nos impediram. Nós merecemos respeito, estamos aqui cumprindo nosso papel que é fiscalizar”, relatou a vereadora Juliana.

Ana Rita Maurício, mãe de quatro alunos do complexo, expressou seu medo com relação à segurança de seus filhos. Ela destacou que a vida dos alunos não pode ser substituída por indenizações, e mencionou situações anteriores em que a estrutura do prédio mostrou ser insegura.

CEMOC foi reformado há cerca de um ano
CEMOC foi reformado há cerca de um ano

“Eu não quero meus filhos no caixão, vidas não se indenizam de jeito nenhum. Eles estão cientes que todos estão correndo risco, se não eles não teriam fechado as salas. Há um tempo fizeram uma festinha tipo uma boate aqui e os alunos tiveram que descer correndo porque a estrutura estava balançando. É complicado, e a prefeitura está deixando a desejar, não fazem nada e não é só na escola não, é cidade toda, são muitos problemas. A gestão de Alessandra Gomes esta deixando a desejar em muitas situações principalmente na educação” disse.

Na sexta-feira (26/8), a Secretaria de Educação emitiu uma nota em nome da Secretária Munique Ferreira Gonçalves, esclarecendo a situação do CEMOC. Confira a nota na integra:

Informamos à comunidade escolar do Complexo Educacional Municipal
de Oliveira dos Campinhos (CEMOC) que, diante da avaliação técnica feita pela
equipe de engenharia da Prefeitura Municipal de Santo Amaro, as fissuras nas
lajes de piso de algumas salas do pavimento superior, bem como a ocorrência
de movimentação considerável das mesmas no momento do deslocamento de
pessoas e objetos, não oferecem risco estrutural, desde que os limites de
sobrecarga da NBR 6120 sejam respeitados, não só no trecho em que
apresentam as fissuras, mas em todas as lajes que compõem a edificação; não
apresenta sinais de deformação excessiva; não se evidencia sinais de
desestabilização estrutural nas lajes analisadas; Não houve evolução da
abertura das fissuras; não foi encontrado nenhum sinal ou marca nos pisos
existentes, ou fissura característica nas vigas, que possam indicar a
possibilidade de ter havido algum recalque de fundação.
No entanto, sabemos que os aspectos evidenciados causam insegurança
e medo nas pessoas que frequentam esses ambientes, desestabilizando todo o
andamento das atividades escolares. Assim, para tranquilizar alunos, pais,
professores, funcionários e gestores, faremos o reforço destas lajes.
Para execução deste serviço, orientamos a suspensão das aulas nos dias
28 e 29 de agosto (segunda e terça-feira), período em que será feita a
transferência das turmas para outros espaços, determinados pela gestão
escolar, retornando as aulas no dia 30 de agosto (quarta-feira), já nos espaços
pré-determinados. O prédio do CEMOC deverá se manter isolado até conclusão
deste serviço.

 

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Um Comentário

  1. Os pais não devem mandar seus filhos , depois de acontecer o pior e só lamento,os filhos dos políticos não está lá, este governo é muita conversa e nenhuma ação,se quiserem acreditar em papel Noel? Quem esperar p ver ,ver demais. Tá todo cheio de fiscuras, e rachaduras q vem crescendo,si o terreno e plano não foi aterrado nada e o pq destas rachaduras? Algo de errado deve está por trás

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