Coração de Maria irá aderir à mobilização para cobrar aumento nos repasses do FPM, afirma prefeito Kley Lima
A iniciativa é articulada pela União dos Municípios da Bahia (UPB) e as entidades municipalistas do Nordeste.

A Prefeitura de Coração de Maria vai aderir à paralisação para cobrar aumento nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), na próxima quarta-feira (30/8). A informação foi confirma pelo prefeito Kley Lima (AVANTE) em entrevista ao FALA GENEFAX nesta sexta-feira (25).
Os setores administrativos não funcionarão durante toda a quarta-feira, no entanto, não haverá mudança no expediente dos serviços essenciais como Saúde e Educação.
Segundo o prefeito, devido a redução nos repasses do FPM, a previsão é que neste mês, o município receba quase R$ 1 milhão a menos do valor que era repassado no mesmo período do ano passado.
“Esse é um problema grave, a gente está tendo reunião, está tendo mobilização em Brasília. A gente estima que o repasse desse mês para Coração de Maria vai chegar quase R$ 1 milhão a menos em relação ao mesmo período do ano passado. A gente está muito preocupado, todos os prefeitos, não é só em Coração de Maria. Isso está acontecendo a nível nacional, tanto é que dia 30 vai ter uma paralisação. É uma forma de chamar atenção, é um movimento que está acontecendo a nível nacional”, declarou.
A iniciativa é articulada pela União dos Municípios da Bahia (UPB) e as entidades municipalistas do Nordeste para alertar o Governo Federal, Congresso Nacional e a população para a situação financeira das prefeituras, sobretudo na Bahia, onde cerca de 80% dos municípios são de pequeno porte, não possuem receita própria e dependem das transferências constitucionais da União.
Kley enfatizou que em várias regiões do país, a situação já chegou ao ponto crítico, com demissões em massa e salários em atraso. A determinação é clara: evitar que essa realidade se instaure em Coração de Maria.
“A gente precisa alertar a população do que está acontecendo, porque toda essa carga só cai em cima do prefeito. Vivemos de repasse, de FPM, quando esse repasse reduz, o salário continua, o combustível continua e aumenta, como está aumentando. Quando o governo faz um repasse a menor, a carga para o município e para o prefeito é muito grande, muito dispendiosa. Contamos com a ajuda de toda população. Muitos municípios já estão demitindo gente, já tem salários atrasados três, quatro meses e eu não quero isso aqui em Coração de Maria. Nós precisamos alertar e pedir ao Governo Federal que tenha um olhar especial para essas pessoas, porque quem está na ‘ponta da corda’ aqui é o prefeito”, afirmou.
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