A mãe que confessou ter matado as duas filhas em Edéia, no sul de Goiás, foi internada provisoriamente no hospital psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, após tentar se matar dentro do presídio para onde foi levada após a prisão. O juiz Hermes Pereira Vidigal destacou em sua decisão, na sexta-feira (30/9), que o relatório médico apontou doença mental grave.
Apesar de a mulher estar internada no Wassily Chuc, o magistrado deu 72 horas para a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizar vaga em alguma unidade psiquiátrica compatível com suas necessidades, que pode ser na mesma unidade ou em outro hospital.
As meninas Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, foram encontradas mortas pelo pai, na terça-feira (27). Nas redes sociais, o homem lamentou a perda das filhas.
Ao ser presa horas depois do crime, a mulher confessou à Polícia Civil que envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas. Em seguida, ela fugiu de casa.
A diretoria do presídio de Israelândia, onde a mulher estava presa, alegou no processo que o estabelecimento prisional não possui “estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais”, como o de Izadora Alves, de 30 anos.
Ao chegar na cadeia, a mulher apresentou comportamento inadequado e alterado, com confusão mental, e tentou tirar a própria vida dentro da cela, conforme ofício da diretoria enviado ao juiz.
Intenção antiga
Em depoimento à Polícia Civil, Izadora Alves contou que há algum tempo já tinha intenção de matar as filhas. De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher tentou comprar uma arma de fogo para cometer o crime.
“Com a arma de fogo, segundo ela, ela cometeria os homicídios e tiraria a própria vida de forma mais rápida. Facilitaria [o crime], nesse sentido”, relatou Daniel.
Em uma publicação feita no dia 27 de julho deste ano em uma rede social, Izadora compartilhou a foto de um laudo psicológico que a considerou apta para manuseio de arma de fogo. No dia seguinte, a mulher postou a captura de tela de um aplicativo que mostrava mensagens com despachantes de armas de fogo.
O delegado Daniel Moura explicou que Izadora não chegou a ter acesso à arma. Questionada, a mulher teria falado que tinha a intenção de matar, mas não disse desde quando e como surgiu esse pensamento.
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