Em alusão ao Setembro Azul, escola de Coração de Maria promove ação de conscientização e apoio à comunidade surda
O Setembro Azul é um marco histórico das lutas e conquistas dos surdos. Pensando na promoção da inclusão e na celebração dessas conquistas, a Escola Municipal Neusa Maria, em Coração de Maria, realizou nesta segunda-feira (26/9) uma culminância do Projeto Setembro Azul, mês da conscientização da Comunidade Surda.
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O movimento se empenha em manter viva a Língua de Sinais e a Cultura Surda, além da busca incessante pelo direito à educação de qualidade para a comunidade surda.
A razão do azul ser a cor-símbolo tem raiz em um passado triste, que lembrava os surdos que foram vítimas de opressão. Hoje, essa cor representa a riqueza cultural de uma comunidade que brilha com orgulho e serve como força propulsora para mudanças, é o que explica a Coordenadora da Educação Especial do município, Lígia Maria.
“No período da Segunda Guerra Mundial, os nazistas colocavam as pessoas com deficiência em um campo de concentração para exterminá-las. Eles eram identificadas por uma faixa azul, então por isso esse momento fala sobre o Setembro Azul, algo que traz tristeza, mas também alegria, porque a comunidade surda não ficou parada. Interpretes e famílias se juntaram par alutar e conseguir as conquistas que nós temos, como a Lei que regulariza a Libras como segunda língua oficial do nosso país”, disse. 
A primeira-dama Gardênia Lima enfatizou as ações da gestão do prefeito Kley Lima (PP), que tem se preocupado em capacitar os servidores municipais nas áreas da educação, assistência social e saúde, bem como promover acessibilidade para a população.
“A inclusão é um dos pontos fortes da gestão de Kley, hoje nós contamos com vários monitores que assistem integralmente todas as crianças que possuem algum tipo de deficiência, no momento em que elas estão em suas atividades escolares. Nós também temos o NEAP, que é uma equipe multiprofissional, com psicólogo, assistente social, entre outros, que dão toda a assistência às escolas”, afirmou.
Cristiano Roque, intérprete de Libras, ressaltou a importância da formação de novos profissionais, já que são eles quem tornam possível a comunicação entre a comunidade surda e o resto da sociedade que, infelizmente, ainda é bastante leiga quanto ao assunto.
“A importância desse evento é trazer a visibilidade para a comunidade surda, que ainda tem alguns paradigmas que precisam ser quebrados. Hoje a gente está lutando para formar novos interpretes para estar atuando. Nós temos uma demanda, porque temos os surdos que estão nas escolas, na sociedade, mas ainda faltam intérpretes para estar atuando com eles”, avaliou. 
Conforme explicado pelo vice-diretor Marcos Antônio, o evento contou com uma programação desenvolvida em parceria com o corpo docente e os alunos. “Esses alunos abraçaram essa ideia da gente fazer esse projeto. Eles apresentaram, juntamente com outras turmas convidadas, para que eles pudessem aprender mais sobre Libras”, destacou.
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