O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu a liberdade, nesta segunda-feira (20/6), para o motorista Jefferson Bento Santana, que foi preso em 26 de setembro de 2021, suspeito de participar de oito assaltos.
Desde que foi preso, Jefferson tenta provar que não tem ligação com os crimes. Sua defesa alega que, no dia da ocorrência, dois passageiros entraram no carro que ele conduzia como motorista por aplicativo e, em seguida, iniciaram uma série de assaltos.
De acordo com o advogado de Jefferson Santana, Marcos Silva, a defesa aguarda a 3ª Vara Criminal de Feira de Santana expedir o pedido de soltura.
No dia 8 de junho, a Justiça negou o pedido de liberdade feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em abril deste ano. No dia 31 de maio, a defesa de Jefferson Bento Santana informou que a perícia feita no celular dele não apresentou ligação com os outros dois suspeitos de cometerem os crimes.
De acordo com a defesa de Jefferson Santana, o laudo da perícia do veículo do motorista concluiu que o carro não tinha irregularidades. A Polícia Civil não confirmou as informações.
Jefferson está detido no Conjunto Penal em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Em abril deste ano, a família dele disse que a prisão é injusta, porque ele estava fazendo uma corrida, quando foi obrigado, por dois homens, a dirigir enquanto a dupla fazia os assaltos.
Segundo a defesa, a Justiça não deu um parecer na segunda audiência sobre a revogação da prisão, realizada no dia 5 de maio, por causa da falta desses dois laudos periciais. Com os laudos, a defesa anexou aos autos do processo e enviou para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) com o pedido de revogação da prisão.
Com isso, o MP-BA informou que enviou parecer favorável à revogação da prisão.
Jefferson tem 26 anos e trabalhava como técnico em refrigeração em um hospital. Ele fazia corridas nas horas vagas, para complementar a renda.
No dia do crime, ele já havia encerrado o expediente e aceitou uma corrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, com destino a UPA da Mangabeira.
Em depoimento à polícia, Jefferson contou que os passageiros anunciaram o assalto ao entrarem no veículo e o obrigaram a seguir o trajeto da corrida. No caminho, oito pessoas teriam sido assaltadas e o carro do trabalhador foi filmado por câmeras na cidade.
Após um dos crimes, Jefferson se jogou do carro em movimento e o veículo seguiu desgovernado até bater em um poste. Ele e os outros dois suspeitos foram presos em flagrante após as vítimas prestarem queixa à polícia.
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