EXEMPLO DE SUPERAÇÃO! Conheça a história do vendedor de água feirense aprovado em concurso da PM após 27 tentativas

Daniel Santos Oliveira, de 27 anos, trabalha como ambulante desde 2015, vendendo água em semáforos de Feira de Santana. Foi com o dinheiro ganho com a atividade que o feirense conseguiu custear os estudos e realizar seu grande sonho: se tornar Policial Militar. Nesta terça-feira (7/12), ele foi entrevistado pelo jornalista Genefax no quadro “De Carona com a Verdade” e contou um pouco da sua história de vida.

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Persistência
O feirense trabalha com o comércio de água mineral há sete anos, e se sente orgulhoso do que faz. Durante esse período, ele dedicou cinco anos aos estudos para concursos públicos, no entanto, após 27 tentativas, a vitória veio e recentemente ele foi aprovado em um concurso da Polícia Militar da Bahia. O estudante “bateu na trave” da convocação em sete das provas que realizou, tendo sido aprovado duas vezes em concursos da PM em São Paulo.
Em 2015, após concluir os estudos, o jovem percebeu que sua renda já não era suficiente. Ele iniciou o curso técnico de Edificações, mas não tinha dinheiro suficiente para comprar os materiais necessários, foi quando decidiu vender água no semáforo.

“Eu pedi R$ 12,00 emprestado a uma amiga e comprei dois fardos de água mineral. Em um domingo peguei uma caixa de isopor emprestada e fui para o semáforo. Consegui vender os dois pacotes e comprei mais, nesse dia lucrei cerca de R$ 45,00. No inicio tinha muita vergonha e receio de abordar as pessoas, mas não desisti e estou aqui até hoje”, disse.
O jovem tem o pai como grande inspiração. É nele que Daniel se espelha para continuar lutando e ser um homem íntegro. “Eu não vim de família rica, não tive dom para ser jogador de futebol ou cantor, então tive que vencer pelos meus próprios esforços. Sonhar pequeno e sonhar grande dá o mesmo trabalho, então por quê não sonhar grande? Não vai ser fácil, mas também não vai ser impossível!”, pontuou.

Preconceito
Daniel conta que muitas pessoas ainda olham para os vendedores ambulantes com preconceito, principalmente as pessoas negras. Ele relata um episódio em que foi abordado pela polícia após alguém ter feito uma denúncia de que alguém com as suas características estaria praticando roubo.

“Eu não julgo as pessoas que me discriminavam, não as critico, isso não define quem eu sou. Só é revoltante porque às vezes nós estamos ali trabalhando e precisando, mas as pessoas te julgam. Primeiramente é importante que você tente saber da história do outro para depois julgar. Mas estamos aqui para contrariar as estáticas, mudar a nossa história e mostrar que a nossa cor não nos define e não pode dizer o que nós iremos ser”, afirmou.
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