“O sentimento agora é de alívio. Sentimos bastante medo e agora estamos aliviados, apesar do cansaço”, frisou.
Identificação do animal foi primordial, diz médico
Segundo o médico coordenador do Pronto-Socorro de Hospital Santo Antônio, Augusto Ronchi, a atitude da família em levar a cobra até a unidade da saúde se tornou essencial para o bebê sobreviver ao veneno.
“A jararaca, que foi a serpente que causou o acidente, pode ser confundida pela população por cobras não venenosas, o que poderia trazer maiores danos. (…) O fato de a criança não conseguir falar e descrever as características do animal ou do acontecimento gera um atraso no diagnóstico. Por isso a importância de fotos ou quando possível, com segurança, trazer o animal para o auxiliar a avaliação”, comentou.
Ele orientou que, “sempre que possível, sem colocar a segurança de um terceiro em risco”, é recomendável algum acompanhante da vítima levar o animal às equipes médicas.
“No caso de não ser possível mover o animal com segurança, fotos e vídeos do mesmo podem ser mostradas a equipe. Após identificação da espécie e se reconhecido como peçonhento ou não, pode-se utilizar soros com antídotos específicos, aumentando as chances de uma evolução favorável”, explicou.
O atendimento para esse tipo de acidente é gratuito, feito exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Desde 1986, toda a produção de soros é comprada pelo governo federal, que repassa cotas aos estados de acordo com a demanda.