ANGÚSTIA: ‘Não tenho mais lágrima pra chorar’, diz mãe de jovem que se afogou em Amaralina

As últimas 24 horas foram de pura angústia para Simone Bonifácio, 47 anos, mãe do estudante de farmácia Renan Dias, 24, que se afogou e desapareceu no mar de Amaralina, na região do Largo das Baianas, na tarde deste domingo (29/8) quando foi ao local ‘pegar um baba’ com amigos, coisa que fazia regularmente, de acordo com familiares. O jovem, no entanto, não sabia nadar e nem chegou a passar a tarde dentro d’água, mas acabou sumindo depois de entrar no mar para se lavar na companhia de um amigo.
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Mesmo na parte rasa, por conta do agito da maré, Renan não conseguiu se manter de pé e foi puxado pela correnteza para não ser mais encontrado até o momento. Os bombeiros, que foram chamados de imediato por quem estava com ele, começaram as buscas ainda ontem, por volta das 15h30 e só pararam quando anoiteceu.
Às 6h desta segunda-feira (30/8), a busca foi retomada, mas a espera dos familiares e amigos não acabou. “Eu não tenho nem mais lágrima pra chorar, tá muito difícil. Tô desesperada! Se eu pudesse, entraria lá pra buscar o corpo do meu filho pra acabar com esse sofrimento, essa angústia. Mas, infelizmente, eu não posso. Só tenho como esperar e ter fé em Deus, que é quem tem segurado nesse dia”, contou ela, visivelmente abalada e com olhos avermelhados pelo choro.

Simone não estava com filho e nem em Salvador quando soube do afogamento. Ela estava na zona rural de Alagoinhas, mas não mediu esforços para chegar ao local o quanto antes para acompanhar as buscas por Renan. “A notícia chegou pra mim às 19h de ontem. Eu estava na roça e não consegui chegar ontem. Hoje de manhã, fui muito cedo na rodoviária pra chegar aqui e tentar acompanhar mais de perto pra acabar com a angústia”, afirmou Simone.
Marido da tia que criou Renan, o técnico em radiologia Josias Paixão, 54, é como um pai para o jovem e está na praia desde ontem na esperança de que achem seu filho. Ele conta como a família ficou abalada pelo ocorrido. “Como a gente é conhecido na comunidade da Santa Cruz, soubemos rápido e todo mundo desceu pra cá pra tentar fazer alguma coisa. A família tá desolada, todo mundo muito abalado. A tia dele, que criou e sempre esteve por perto, está arrasada com a situação, é muita dor”, explicou Josias.
Renan está na reta final do seu curso de farmácia, no último semestre segundo Josias e sempre foi um rapaz muito estudioso, empenhado. “Ele é um menino bom demais. Saía para se divertir, mas nunca foi de balada e era caseiro. Sempre se esforçou muito para estudar e trabalhar, um jovem maravilhoso mesmo. A gente tá sofrendo muito”, disse Josias.
As equipes do Corpo de Bombeiros seguem nas buscas por Renan e até mudaram de área quando um pescador afirmou ter visto uma bermuda na água que bate com a que o jovem estava usando ontem, mas ainda não o encontrou.

 

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Correio 24h

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