“Fazemos tanta coisa ao longo dos anos que, quando vamos colocar no papel, dá muito orgulho”. São com essas palavras que o jornalista Jean Mendes descreve sua ainda curta carreira. Também pudera: aos 23 anos ele tem quase cinco trabalhando no Grupo Aratu de Comunicação. Começou em 2014, como estagiário do Aratu Online.
No portal, foi auxiliar de produção, repórter web, coordenador interino e, agora, é editor-chefe. “Foi muito intenso. Quando comecei eu não poderia me imaginar onde estou. Isso vai do meu esforço, mas não posso esquecer de agradecer às pessoas que me ensinaram e deram oportunidade, além da empresa, claro”, destaca.
No início de 2019, o jornalista foi para uma nova missão: ser repórter da TV Aratu. “Eu recebi o convite do gerente de jornalismo, Matheus Carvalho, para cobrir férias de alguns colegas. Minha primeira reportagem, me lembro muito bem, foi a posse do governador Rui Costa para o segundo mandato. Desde aquele janeiro, foram várias matérias e entradas ao vivo, principalmente para o programa Ronda. A reportagem mais desafiadora foi concluir o desafio do BOPE [Batalhão de Operações Policiais Especiais], com três quilômetros de corrida e obstáculos”, lembra.
“Além disso, durante as férias de Pablo Reis, faço o programa “Live da Madruga”, o qual tenho um carinho enorme”. A atração vai ao ar depois das 3h e, aos sábados, é completamente ao vivo, até às 6h. “É um desafio substituir Pablo. Temos um canal direto de conversa com o público, que é o WhatsApp, e isso me causa muita incitação”.
Nascido em uma família de comerciantes, Mendes não tem uma referência no jornalismo “dentro de casa”. “Meu pai, minha mãe, tios e tias são todos donos de supermercado. Acho que nasci com essa ideia de querer contar histórias via internet, TV, rádios e afins. Obviamente que minha família sempre me incentivou, mas é curioso eu ser o primeiro jornalista da família Mendes”, brinca.
REPORTAGENS E PRÊMIOS
Desde 2014, algumas matérias feitas por Jean Mendes repercutiram em vários lugares, até na Câmara de Deputados. “Há mais ou menos dois anos, fiz uma reportagem sobre a SSP [Secretaria da Segurança Pública] ter tirado, sem explicação, a contagem dos assaltos a ônibus do seu registro diário, o que qualificou uma espécie de subnotificação. Na época, o deputado José Aleluia viu a matéria e levou para o plenário da casa”, recorda. “Tiveram explicações da pasta e muito ‘pano para manga'”, diz.
Em 2018, o então repórter web faturou o prêmio de melhor flagrante do Carnaval, em um prêmio promovido pelo próprio Grupo Aratu. “Naquele ano, as previsões apontavam que Rui Costa [PT] e ACM Neto [DEM] poderiam disputar o governo da Bahia. Na folia momesca, percebi que um passaria pelo outro e resolvi filmar para ver o que iria acontecer. O curioso é que eles não se cumprimentaram. Essa imagem foi veiculada em vários portais e até TV. Foi um registro do qual me orgulho de ter feito”, pontua.
“Posso contar só mais uma?”, questiona Jean. “Assim que a Prefeitura de Salvador anunciou a renovação da frota de ônibus, acho que em 2015, percebi uma situação curiosa: alguns coletivos estavam sendo pintados. Só vi isso pela placa dos veículos, que não eram novas. Fizemos uma reportagem com várias fotos e, claro, teve repercussão. E ‘tome’ explicações”, finaliza.
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