NÃO DEU… Câmara aprova processo de impeachment de Dilma, que segue para o Senado
Com o voto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a Câmara alcançou às 23h08, na sessão deste domingo (17), os 342 votos necessários para que tenha prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O voto que decidiu foi dado mais de nove horas depois de iniciada a sessão deste domingo e cinco horas e meia após o início da votação. No momento em que o placar alcançou os 342 pró-impeachment, havia 127 votos contra o impeachment e seis abstenções.
Os senadores podem agora manter a decisão dos deputados e instaurar o processo ou arquivar as investigações, sem analisar o mérito das denúncias.
Os 39 deputados baianos, o equivalente a 7,6% dos votos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef, votaram neste domingo (17) na Câmara.
Veja como votou cada deputado:
Afonso Florence (PT) – NÃO
Alice Portugal (PCdoB) – NÃO
Antonio Brito (PSD) – NÃO
Antonio Imbassahy (PSDB) – SIM
Arthur Maia (PPS) – SIM
Bacelar (PTN) – NÃO
Bebeto Galvão (PSB) – NÃO
Benito Gama (PTB) – SIM
Cacá Leão (PP) – ABSTENÇÃO
Caetano (PT) – NÃO
Cláudio Cajado (DEM) – SIM
Daniel Almeida (PCdoB) – NÃO
Davidson Magalhães (PCdoB) – NÃO
Elmar Nascimento (DEM) – SIM
Erivelton Santana (PEN) – SIM
Félix Junior (PDT) – NÃO
Fernando Torres (PSD) – NÃO
Irmão Lázaro (PSC) – SIM
João Gualberto (PSDB) – SIM
Jorge Solla (PT) – NÃO
José Carlos Aleluia (DEM) – SIM
João Carlos Bacelar (PR) – NÃO
José Carlos Araújo (PR) – NÃO
José Nunes (PSD) – NÃO
José Rocha (PR) – NÃO
Jutahy Magalhães (PSDB) – SIM
Lúcio Vieira Lima (PMDB) – SIM
Márcio Marinho (PRB) – SIM
Moema Gramacho (PT) – NÃO
Negromonte Junior (PP) – ABSTENÇÃO
Paulo Azi (DEM) – SIM
Paulo Magalhães (PSD) – NÃO
Roberto Britto (PP) – NÃO
Ronaldo Carletto (PP) – NÃO
Sérgio Brito (PSD) – NÃO
Tia Eron (PRB) – SIM
Uldurico Junior (PV) – SIM
Valmir Assunção (PT) – NÃO
Waldenor Pereira (PT) – NÃO
Processo no Senado
Se aprovado na Câmara, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff chega ao Senado nesta segunda-feira (18). Na Casa, são previstas três votações em plenário até a conclusão do processo:
– Os senadores terão que eleger uma comissão especial para analisar o caso. O colegiado será formado por 21 senadores titulares e 21 suplentes.
– O colegiado tem até 48 horas para se reunir e eleger o presidente. O relator terá prazo de dez dias para apresentar um parecer pela admissibilidade ou não do processo.
– O parecer será ser votado na comissão e depois irá ao plenário, que precisa aprovar por maioria simples (metade dos presentes na sessão mais).
– Se aprovado o relatório no plenário, será considerado instaurado o processo, e a presidente será notificada. Ela será afastada por até 180 dias para que ocorra o julgamento, e o vice-presidente assumirá a Presidência da República.
– Neste período a presidente poderá se defender, e um novo parecer da comissão especial deverá analisar a procedência da acusação, com base na análise de provas. De novo, esse parecer terá que ser aprovado por maioria simples
– Se aprovado o parecer, inicia a fase de julgamento, que é comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
– Para que a presidente perca o cargo, o impeachment tem que ser aprovado por dois terços dos senadores – 54 dos 81.
– Os prazos previstos para cada etapa do processo poderão ser alterados de acordo com decisão do presidente do Senado.